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Todos os vereadores que disputam reeleição aderiram a Furlan

por: Redação

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Gil Arantes teve ampla maioria na câmara durante todo o seu mandato, mas vereadores foram passando para o lado do ex-prefeito e hoje todos fazem parte de sua aliança

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Câmara de Barueri poderá tornar-se um bloco único sem oposição em caso de vitória de Rubens Furlan

 

Passadas as convenções partidárias, o saldo das coligações aponta que todos os 18 vereadores de Barueri que vão disputar a reeleição acabaram aderindo à grande aliança de Rubens Furlan. Apenas três dos 21 componentes da câmara não estarão com o ex-prefeito: Saulo Goes (Psol), que disputará o Executivo, Dr. Antônio (PDT), que não vai concorrer e Junior Munhoz (PRP), impedido por razões de saúde.

O movimento de migração para Furlan começou no ano passado, mas se acentuou com o anúncio do prefeito Gil Arantes, em março deste ano, de que não disputaria a reeleição. Durante esse período, mesmo os vereadores mais críticos ao ex-prefeito acabaram mudando de lado.

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Kascata: “O político tem o direito de decidir quem ele vai apoiar”

No início do mandato de Gil, a oposição a ele restringia-se a Toninho Furlan, irmão do ex-prefeito, e depois Saulo Goes, que declarou-se independente e começou a estruturar sua candidatura ao Executivo. Com o passar do tempo, Bau, Bidu e Fabião também abandonaram a base de Gil. Em fevereiro deste ano, foi a vez de Sergio Baganha e Robertinho seguirem pelo mesmo caminho. Ainda assim, há seis meses o prefeito tinha a seu lado 14 dos 21 vereadores.

Tudo começou a mudar quando Gil declarou que desistia de tentar reeleger-se. A primeira reação na câmara foi tentar viabilizar uma candidatura própria. Foi formado um grupo de 12 vereadores que lançou o nome de Carlinhos como eventual pré-candidato.

Esse projeto, no entanto, durou pouco, e o grupo passou a ser assediado por Furlan, que além de tentar atrair os parlamentares para a eleição, precisava do apoio deles para derrubar a reprovação de suas contas de 2011, que o impedia de disputar o pleito de outubro. A derrubada aconteceu em junho e, a partir daí, os vereadores iniciaram o processo de aproximação que terminou com adesão geral ao ex-prefeito, apesar de alguns deles declararem desconforto com a situação.

Câmara sem oposição

A adesão em massa indica que Furlan, se eleito, terá uma grande maioria na câmara, pois boa parte dos atuais vereadores será reeleita. “Não vai ter oposição. É ruim, eu fiz oposição ao prefeito” afirma categórico Bau, um dos primeiros a deixar a base de Gil. “E enquanto eu estava do outro lado, me criticaram, agora, estão todos juntos”, conclui.

Para o vereador Kascata, crítico feroz de Furlan, as mudanças são naturais na política. “A política é uma via de mão dupla, ela vai e ela volta”, explica. “É um direito do político decidir quem vai apoiar.” Maria Evangelista, figura importante do DEM, partido de Gil, segue na mesma linha e vai além. “Quando Gil desistiu, íamos ficar sozinhos, ao deus-dará?”, pergunta ela. “Nós temos que ter alguém onde nos apoiar.”

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Carlinhos na convenção do DEM com Furlan: “Não apoiarei ninguém”

Mas há vereadores que relativizam o apoio a Furlan. O presidente da câmara, Carlinhos do Açougue, que manteve o projeto de candidatura própria à prefeitura por quatro meses, conta que quem decidiu aderir ao ex-prefeito foi seu partido, o DEM. Ele diz que respeita a decisão partidária, mas que individualmente cada membro tem autonomia para agir. “Não apoiarei nenhum candidato a prefeito”, garante. “Vou fazer minha campanha â câmara e não assumi compromisso com ninguém.”

Miguel de Oliveira é outro que diz que estar junto na campanha não obriga o político a alinhar-se incondicionalmente ao prefeito. “Apoio na campanha não significa apoio incondicional num eventual governo”, diz ele. “O que prevalece é o interesse da população.”

Chico Villela, que foi líder de Gil Arantes na câmara, concorda. “Não vai ter adesão em bloco”, explica. “Um grupo vai se alinhar ao prefeito, se ele for eleito, e outro deve ficar neutro, decidindo caso a caso”, afirma Chico. “Mas ele vai ter muita tranquilidade na câmara”, conclui.

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