terça-feira, março 19, 2024
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Quando o transporte público vira cenário de crime sexual

por: Redação

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Mulheres denunciam ação de assediadores nos ônibus de Barueri

Por Ingrid Miranda

Em Julho do ano passado, o Barueri na Rede noticiou o caso de pelo menos três jovens que sofreram assédio sexual com vídeo de celular em ônibus do transporte municipal. Depois, outras denúncias surgiram, inclusive com o mesmo agressor.

No dia 20/6, uma jovem voltava de ônibus da faculdade para casa, no período da noite, quando um homem sentou-se ao lado dela e começou a assistir vídeos e ver fotos pornográficas no celular e tentando chamar sua atenção com cutucões. A estudante então teve a ideia de fingir estar ligando para alguém, relatando o que estava acontecendo e dizendo que iria procurar a polícia.

Foto tirada por uma das vítimas. Na tela do celular vídeo e imagens pornográficas/Imagens: Arquivo pessoal
Foto feita por uma das vítimas. Na tela do celular vídeo e imagens pornográficas/Imagens: Arquivo pessoal

Ouvindo a jovem ao telefone, o agressor levantou e desceu rapidamente do ônibus, ficando no bairro da Cruz Preta, no ponto em frente à igreja Santa Cruz. Na época, ao procurar a Delegacia da Mulher, a jovem, junto a uma amiga que cursa direito, foi orientada apenas a mudar de lugar no momento do assédio, e não abrir um Boletim de Ocorrência. Diante do caso, que foi relatado nas redes sociais da vítima, mais mulheres contaram ter passado pela mesma situação e identificaram se tratar do mesmo acusado.

Procurada pelo BnR, a Delegacia de Defesa da Mulher, informou na época que a orientação para novas vítimas é que procurem a delegacia e registrem uma queixa. Quanto ao caso da estudante, o processo policial está em curso para que o acusado, que foi apontado como agressor pela vítima, seja intimado para prestar esclarecimentos. Porém, procurada pelo BnR, a jovem afirmou que, depois de registrado o Boletim de Ocorrência, não foi mais procurada pela delegacia.

Naqueles dias, episódios de assédio sexual em ônibus na capital tiveram grande repercussão. O primeiro caso que veio à tona ocorreu no dia 29/8, quando um homem ejaculou em uma passageira num ônibus na avenida Paulista, mas foi liberado por decisão do juiz Rodrigo Tellini de Aguirre Camargo, que definiu o caso apenas como contravenção penal, resultando em multa.  Em menos de 24 horas, também na Avenida Paulista, uma mulher denunciou um homem por ter passado a mão em seus seios. O caso foi registrado no 78º Distrito Policial (DP), nos Jardins, mesma delegacia para onde o primeiro crime foi levado.

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