quinta-feira, março 28, 2024
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Mães denunciam favorecimento em prova da Fieb

por: Redação

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Segundo mães, ao menos duas crianças tiveram entrada liberada uma hora depois do fechamento dos portões

Na manhã deste domingo, 26/11, foram realizadas as provas para ingresso nas escolas de ensino fundamental e médio para 2018. Segundo o edital do exame, o horário de fechamento dos portões era 8 horas, mas um grupo de mães afirma ter presenciado crianças tendo a entrada liberada cerca de uma hora depois, por volta das 9 horas, no ITB do Jardim Belval.

Coordenado que segundo as mães, teria liberado a entrada. "Tentei ler o nome, mas ela escondeu o crachá"
Coordenadora que, segundo as mães, teria liberado a entrada. “Tentei ler o nome, mas ela escondeu o crachá”

Num grupo criado no aplicativo de mensagens Whatsapp há fotos e áudios onde uma coordenadora tenta explicar para mães indignadas os motivos da entrada de alguns candidatos depois do horário determinado. “Eu cheguei cinco minutos depois e vi que o portão estava fechado. Não insisti, eu errei e simplesmente virei as costas e fui embora, ainda que minha sobrinha estivesse chorando”, contou Samira ao Barueri na Rede.

Mas a tia da criança ficou indignada ao saber que uma hora depois, pelo menos dois candidatos tiveram acesso ao prédio. “Não quero nenhuma brecha para minha sobrinha. Quero apenas que o que vale pra um, valha pra todos os candidatos”, afirma.

Num áudio, é possível ouvir claramente mães, que tinham o filho dentro da unidade fazendo a prova, questionar uma coordenadora sobre a irregularidade e favorecimento aos alunos liberados depois do fechamento dos portões.

Mãe 1  Mas aí vocês [coordenação] vão responder o que para a gente?, questiona

Coordenadora  Vamos responder o questionamento de vocês. Agora, no momento nós não podemos fazer nada, tá. Porque agora a gente vai criar um tumulto maior. Nós queremos resolver. O processo é sério… responde a funcionária.

Mãe 1 – Então, mas você concorda que está errado? Por que a norma [de fechamento dos portões] era às 8 e não 9 horas ?, insiste.

Coordenadora – Porque o processo é sério… argumenta.

Mãe 1 – Não está parecendo!, rebate a mãe do candidato.

Coordenadora – Mas é! A senhora pode ter certeza que é. A coisa é transparente…, defende-se a coordenadora que teria permitido a entrada após o horário.

Mãe 1 – Meu filho está concorrendo à uma vaga, chega no horário… aí uma criança que não chega, entra?

Coordenadora – Seu filho entrou?.

Mãe 1 Entrou, ele está lá fazendo a prova.

Mãe 2 A gente paga 40 reais, com uma chance mínima, chega às 7 horas para o filho entrar no horário e quando é nove horas chegam duas crianças que ainda vão para a sala onde já estão as outras crianças. Vocês mentem falando que não!

Coordenadora – Olha, acho que vocês têm que entender o seguinte. Ninguém está aqui para mentir. Pode ter havido um problema de comunicação. Um entende uma coisa, outro entende outra. Isso pode acontecer…

Mãe 2 Não foi erro de comunicação, foi erro de norma. Porque a norma era entrar às 8, não 9 [horas]. Duas crianças. A gente viu, enquanto algumas crianças iam embora.

Mãe 1 – (fala incompreensível)… se tivesse um erro no sistema (inaudível), mas não teve. A moça simplesmente disse que teve um erro, olhou num (inaudível) lugar e foi direcionada pra lá.

Coordenadora Tá, tá bom. Eu acho que tudo isso a gente vai… A orientação é essa. Faça tudo por escrito. Tudo isso que você está dizendo, protocola lá na Fieb e nós vamos analisar com as autoridades superiores à gente.

Diante do possível favorecimento, mães que se sentiram prejudicadas reuniram fotos e testemunhos e garantem que já estão em contato com advogados. “O intuito não é que quem ficou de fora entre, faça a prova. Não é isso. Mas que a gente saiba quem são essas crianças [que entraram depois], que seja identificado o problema. Que isso não volte a acontecer. E que se forem cartuchos, cartas marcadas, que todo mundo saiba que existe isso”, afirma, indignada, uma das mães, que ainda acrescenta, “inclusive que essas crianças sejam excluídas do processo [de seleção]”.

Uma outra mãe disse que “queremos para nossos filhos escola melhor, mas diante disso, nem sei se essa seria a escola certa”. O BnR procurou a prefeitura para falar sobre o ocorrido mas não conseguiu contato.

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1 Comentário

  1. Essa cidade é sempre assim.
    Favorecem alguns em concurso público, outros em vestibulinho, outros com cestas básicas… detalhe: na maioria das vezes são pessoas que não precisam e vivem querendo tirar proveito do poder público e dos direitos dos menos favorecidos.
    Entrar 9:00 dá manhã é um absurdo. Se chegou atrasado por qualquer motivo paciência. Tenta o próximo ano.
    Mas tudo isso é feito com o crivo do poder público. Porque se fosse um município sério, essas coisas não aconteceriam.
    A política é para tentar igualar as coisas para os menos favorecidos, aqui é o contrário disso. Aqueles que estão próximos dos donos do poder é que se prevalecem.

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