sexta-feira, abril 19, 2024
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Las Vegas, a grande aposta da vida de Wesley e Felipe

por: Redação

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Os dois amigos do Parque dos Camargos já tinham desistido da carreira de jogador de futebol, até que apareceu a chance de ir jogar nos Estados Unidos 

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Os dois jogaram futebol desde muito cedo em Barueri e vão juntos para os EUA/Fotos: Verônica Falco (BnR)

Wesley e Felipe já tinham desistido da vida de jogador de futebol. Para os padrões brasileiros, eles tinham estourado a idade e as oportunidades estavam ficando raras. Os dois amigos do Parque dos Camargos arrumaram emprego e estavam tocando a vida, quando resolveram fazer uma última tentativa. Deu certo e no começo de fevereiro eles embarcam para jogar no Las Vegas City com um contrato de um ano na bagagem.

Wesley Alexandre Carvalho é um meia atacante de 22 anos que vive em Barueri desde que nasceu. Ele começou cedo nas escolinhas de futebol do GRB, passou pelo Grêmio Osasco e no ano passado foi parar no Palmeirinha, de Porto Ferreira.

Felipe Freitas Ferreira, atacante que joga aberto, tem 19 anos e está na cidade desde os três anos. Participa dos campeonatos amadores de Barueri desde as categorias menores e também foi para o Palmeirinha em 2016.

Mas o que o Palmeirinha, um time de quarta divisão do futebol paulista, tem a ver com os dois?

Felipe explica: “No ano passado, a gente já tinha desistido de tudo, mas resolvi fazer uma última tentativa. Entrei na Wikipédia, encontrei uma lista com todos os times profissionais do Estado e mandei um e-mail para cada um falando de nós dois e pedindo uma oportunidade de fazer um teste. O Palmeirinha nos chamou e fomos aprovados”.

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Felipe (esq.) e Wesley querem fazer de Las Vegas o inicio de uma carreira de sucesso

Na verdade, a aventura em Porto Ferreira durou pouco, pois o time foi desclassificado do campeonato e eles nem chegaram a jogar. Mas conseguiram contatos e acabaram conhecendo o empresário Fábio de Souza, diretor da BSI Soccer, que recruta jogadores. Ele viu vídeos de ambos e, depois de mais de dois meses de conversas, os convidou para jogar nos Estados Unidos.

Convite aceito, e eles vão disputar a United Premier Soccer League (UPSL), uma divisão independente inferior à Major Soccer League (MSL), que tem o principal campeonato do país. Mas eles veem nisso uma oportunidade. “O futebol está em ascensão lá e queremos aproveitar e crescer juntos”, diz Felipe. “Vamos estar jogando e sendo vistos, podemos chamar atenção de algum time brasileiro ou até da Europa”, imagina Wesley. “Ou até mesmo ir para a MSL, que tem jogadores de primeira linha de todo o mundo”, completa Felipe.

Quando deram a notícia em casa, os dois sentiram alguma resistência familiar no começo, uma certa desconfiança, mas logo veio o apoio. “A gente vem tentando faz tempo, já moramos fora de casa, não é uma novidade”, explica Wesley. O problema é que é em outro país. Felipe arranha um pouco no inglês, Wesley, nem isso. “Mas está no contrato que vamos ter que estudar o idioma e isso não vai ser problema”, garante Wesley.

Ansiosos com a expectativa de viajar, os dois têm certeza que estão fazendo a coisa certa. “Eu já tinha desistido do futebol e abri mão do meu emprego para tentar no Palmeirinha e agora tenho essa oportunidade. Vou agarrar com tudo, treinar muito, me dedicar, para não deixar escapar”, explica Wesley.

A possibilidade de ganhar muito dinheiro ainda nem passa pela cabeça deles. Lá, vão ganhar mais do que ganharam por aqui, terão um salário correspondente ao que pagam as equipes da Série A-2, a segunda divisão do Paulista. Mas isso é o de menos.

“Jogar futebol é abrir mão da família, de dinheiro, de tudo. Eu fiquei mais de um ano sem um centavo no bolso para tentar o sonho de ser jogador profissional. Agora, não vou desperdiçar essa oportunidade.”

Os dois jovens já estão com os passaportes, os vistos e as malas prontas. Agora é só esperar o embarque, de Barueri para Las Vegas, onde pretendem jogar – não todas as fichas que têm nas mãos, mas sim todo o futebol que têm nos pés.

 

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