quinta-feira, março 28, 2024
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Talento e disciplina fizeram de Rodrigo e Andrew uma dupla imbatível no kata

por: Redação

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Como professores do GRB, eles ensinam o karatê a gente de todas as idades. Como atletas, acabam de se tornar hexacampeões brasileiros

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Andrew e Rodrigo: hexacampeões brasileiros de kata/Fotos: BnR

Um saiu do Parque dos Camargos, o outro, do Belval. Eles se encontraram no karatê e hoje são hexacampeoões brasileiros de kata, uma modalidade do esporte. Agora, Andrew Rodrigo e Rodrigo Arita preparam-se para representar o Brasil no campeonato sul-americano que será disputado em agosto, no Chile.

A relação de ambos com o esporte tem suas coincidências. Os dois queriam ser jogadores de futebol mas, logo cedo, aos sete anos, se identificaram com as artes marciais. Rodrigo começou pelo judô, na escolinha da prefeitura, mas teve problemas com os métodos do professor e aos 11 anos mudou para o karatê. Andrew entrou numa academia particular já diretamente no karatê, até transferir-se para o Grêmio Recreativo Barueri (GRB), também aos 11.

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Antes de consagrar-se no karatê, Rodrigo Arita praticou judô

Meu pai sempre me deu muita força, mas não gostava muito do judô”, conta Rodrigo. “Por isso, me apoiou quando troquei de esporte.” Andrew, por sua vez, pensou em fazer capoeira, mas desistiu. No karatê, os pequenos alunos logo começaram a competir, e em pouco tempo chamaram a atenção dos instrutores.

Viraram atletas, venceram competições e, com o tempo, acabaram se tornando professores da escolinha do GRB, sob a orientação do sensei Ruy Koike, de quem se tornaram discípulos e amigos. Rodrigo tinha 23 anos, Andrew, 18.

Hoje, dão aulas para crianças, adolescentes e adultos de todas as idades nas diversas unidades do clube. “Temos uma aluna de 65 anos”, conta Rodrigo, com um misto de satisfação e orgulho.

Mas as aulas não interromperam a trajetória de atletas da dupla. Eles se especializaram na arte do kata, uma variação em que o competidor faz uma demonstração de sua técnica sem lutar. “É um exercício mental e físico onde você usa todo seu conhecimento para simular uma luta”, explica Andrew. “Como se estivéssemos enfrentando um oponente imaginário.” Diante de um corpo de juízes, eles são avaliados pelos movimentos, expressões e golpes.

O kata pode ser individual ou coletivo, praticado por três atletas que devem ter sincronia perfeita. Aí, Andrew e Rodrigo são imbatíveis. Em 1º de maio, junto com o colega Marcel Raimo, de Bauru, eles se tornaram hexacampeões brasileiros da modalidade.

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Sob a orientação do sensei Ruy Koike, Andrew e Rodrigo são professores da escolinha do GRB

Com o título, vão representar o país pela quarta vez no sul-americano, no Chile. Antes, competiram no Peru, Paraguai e no Brasil, conseguindo dois vice-campeonatos continentais. Também disputaram um mundial no Japão. Além disso, Andrew tem o bicampeonato brasileiro individual.

Quando falam do esporte que adotaram, os dois mudam de tom. A sobriedade e certa timidez que demonstram quando explicam detalhes do treinamento e das competições dão lugar ao entusiasmo. Eles não querem mais falar apenas da técnica, mas de valores como foco, disciplina e lealdade. E como isso muda a vida das pessoas.

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Andrew Rodrigo cogitou ser capoeirista antes de se dedicar ao karatê

Nesse ponto, eles têm a mesma sintonia que precisam demonstrar no tatame. “Ser atleta é uma circunstância, de cada 100 alunos, um vai conseguir”, afirma Andrew. “Mas o karatê é mais do que competir, é um processo contínuo, para toda a vida, que não termina quando uma etapa é concluída”, diz Rodrigo. “E a pessoa pode deixar de praticar, mas vai levar junto tudo o que viveu e aprendeu aqui”, emenda Andrew.

E não faltaram foco e dedicação para a dupla. Os dois se formaram em Educação Física e Rodrigo tem pós-graduação em treinamento e preparação física.

Já Andrew se aperfeiçoa em acupuntura. E brinca: “É assim, ele maltrata o aluno e manda pra eu cuidar.” É brincadeira, claro, mas seria mais uma demonstração da sincronia entre os dois.

 

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