quinta-feira, março 28, 2024
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Investigação de fraude na merenda chega a Barueri

por: Redação

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Polícia Civil e MP cumpriram mandados de busca e apreensão de contratos na Secretaria de Suprimentos da prefeitura de Barueri

Integrantes da Polícia Civil e do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público (MP) estiveram cumprindo mandados de busca e apreensão na Secretaria de Suprimentos da prefeitura de Barueri na manhã desta terça-feira (19/1). A ação faz parte da Operação Alba Branca, que investiga uma quadrilha que fraudava a compra de produtos agrícolas destinados à merenda escolar.

Segundo as investigações, a Cooperativa Orgânica Agrícola Familiar (Coaf) pagou propinas para funcionários de prefeituras para sair vencedora em licitações de compra de alimentos.

Durante as ações desta terça, a polícia e o MP prenderam seis funcionários na sede da cooperativa, em Bebedouro. Além disso,cumpriram 24 mandados de busca e apreensão em 17 prefeituras que mantiveram negócios com a Coaf, entre elas, a de Barueri. Os agentes buscavam contratos de fornecimento de merenda e planilhas.

Apreensão preventiva

Segundo o MP, a apreensão dos documentos é preventiva e faz parte de uma nova etapa das investigações. Isso não quer dizer necessariamente que em todas as prefeituras visitadas serão encontradas irregularidades.

suprimentos
Secretaria de Suprimentos é alvo da investigação/Foto: Secom-PMB

Em Barueri, o grupo da operação, composto por delegado e promotores, concentrou-se na Secretaria de Suprimentos, responsável pelas compras da prefeitura. Os agentes chegaram por volta de 6 horas da manhã e esperaram a chegada dos funcionários e o início do expediente para cumprir os mandados. 

“Os contratos onde houve as buscas foram recolhidos para serem analisados. Sabemos que havia pagamento de propina, mas ainda falta esclarecer em quais prefeituras havia pessoas recebendo para fazer essas contratações”, afirmou o promotor Leonardo Romanelli, do Gaeco.

Ainda de acordo com Romanelli, as propinas variavam de 10% a 30% do total do contrato que seria firmado entre a Coaf e a prefeitura. Esse valor era acrescido no preço final, o que ocasionava um superfaturamento dos produtos negociados.

Políticos envolvidos

A investigação do caso começou há seis meses em Bebedouro, depois que um ex-funcionário da Coaf procurou a polícia para denunciar o esquema. Em 9 de dezembro do ano passado, a polícia interceptou cerca de R$ 95 mil em dinheiro que estavam sendo transportados por um dos suspeitos para o pagamento de propina a um agente político. Os nomes não foram revelados.

“Eles assediavam determinados servidores de prefeituras, oferecendo os serviços. O serviço era prestado, só que eles combinavam um sobrepreço para que houvesse vantagem financeira para o funcionário da prefeitura, para o próprio vendedor, para a Coaf e também para o agente político que fez a intermediação”, explicou o delegado de Bebedouro, José Eduardo de Vasconcelos, responsável pelas investigações..

A secretaria de Segurança Pública do Estado realizará entrevista coletiva na tarde de quarta-feira (20/1) para dar detalhes da operação.

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