quinta-feira, março 28, 2024
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Escolas trabalham duro para resgatar o carnaval

por: Redação

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Sem apoio oficial, mas com muita garra, uma nova geração de dirigentes de nove agremiações luta para reviver os dias de glória dos desfiles

Devagarinho e sem perder o passo, como deve fazer o bom sambista, as escolas de samba de Barueri vêm trabalhando dia e noite para resgatar a tradição do carnaval da cidade, que já foi um dos maiores do Estado. Uma nova geração de dirigentes, com o apoio de um ou outro membro da velha guarda, assumiu esse compromisso e fará no domingo de carnaval deste ano (7 de fevereiro) seu segundo desfile depois do início da retomada.

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Ensaio da Verde-Rosa, grande campeã do passado/Foto: Divulgação

Quem for este ano à avenida Guilherme Guglielmo, em frente ao ginásio José Corrêa, vai testemunhar o esforço das nove escolas que vão se apresentar sem qualquer apoio oficial. Como no ano passado, a prefeitura liberou o espaço e vai dar a estrutura de segurança, mas o apoio termina aí. “Cada agremiação vai se apresentar de acordo com suas condições”, explica Júlio César Ferreira, vice-presidente e porta-voz da Liga Independente das Escolas de Samba de Barueri (Liesb). “Para isso, estão trabalhando duro em suas comunidades para levantar os recursos que puderem.” Os materiais vêm de doações espontâneas, livros de ouro, ensaios e festas que estão ocorrendo todos os fins de semana.

Aspas Carnaval

Essa nova realidade significa que o público não deve esperar grandes alegorias nem fantasias luxuosas na avenida. “Vai ser mais uma festa cultural, com as tradicionais baterias, muita empolgação e belos sambas-enredo”, explica Júlio. Além de garra e ritmo, as escolas devem apresentar enredos e sambas-enredo inéditos. O desfile também é uma oportunidade de reencontros com baluartes que fizeram a história do carnaval barueriense.

Retomada

O trabalho de retomada do carnaval de Barueri começou em 2014, quando sambistas de vários bairros começaram a articular a volta dos desfiles. Desde então, integrantes das antigas e tradicionais escolas da cidade trataram de estruturar suas agremiação.

 

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Uma das providências tomadas foi criar a liga para unir, representar e defender as agremiações. Na presidência foi colocada Léia Ferraz, viúva do mestre Régis, figura destacada do carnaval da cidade pelas escolas Arrasta Sandália e Verde-Rosa, ambas do Engenho Novo. A escolha de Dona Léia foi um reconhecimento ao esforço que ela vinha fazendo para unir novamente os sambistas e também uma homenagem à memória de Rejão.

Em 2015, sete agremiações se apresentaram, a ideia vingou, e o número de participantes aumentou para 2016 – serão nove. Os dirigentes esperam que o público dobre, dos 5 mil espectadores do ano passado para 10 mil pessoas este ano.

Como no ano passado, não haverá disputa, apenas apresentação. “Estamos trabalhando devagar e com afinco e esperamos que em cinco anos possamos estar num nível bem alto”, afirma o vice-presidente da Liesb. “Temos que apagar uma certa má impressão que ficou do passado”, diz ele, referindo-se a problemas de segurança que ocorreram nos últimos anos de desfiles, interrompidos em 2000, mas também a erros administrativos de alguns dirigentes que acabaram prejudicando todas as escolas.

Das nove agremiações que vão se apresentar, cinco são tradicionais (Oba-Oba, Verde-Rosa, Unidos do Belval, União das Vilas e São Jorge) e quatro criadas depois da interrupção dos desfiles (Cadência Paulista, do Vale do Sol; Mocidade Marihá, do Belval; Ganga, do Paraíso; e Unidos do Jardim Paulista).

 

Leia mais sobre o carnaval de Barueri em:

Sambistas a pleno vapor para o carnaval 2016

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