Três pessoas foram assassinadas em diferentes pontos da cidade. Para caso de execução, polícia ainda não tem nenhum indício
Barueri registrou três homicídios na tarde deste sábado, 2/7. Foram duas brigas, provavelmente motivadas por consumo de álcool, e uma execução. Com as três mortes, o mês de julho, em apenas dois dias, já é o segundo mais violento do ano. Entre janeiro e maio, segundo dados da Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo, apenas em abril houve mais assassinatos, com oito registros. Nos primeiros cinco meses do ano haviam sido registrados quatro homicídios.
Execução no Silveira
Por volta das 18 horas, o comerciante Douglas Bastos Amorim, de 31 anos, subia a avenida Exército Brasileiro, no Jardim Silveira, quando uma moto emparelhou com o seu carro e o motociclista começou a atirar em sua direção.
Douglas desceu do carro e correu, tentando se proteger, mas o motoqueiro partiu em sua perseguição até alcançá-lo e então disparou vários tiros contra ele. O comerciante morreu imediatamente.
Até o fim da noite de ontem a polícia não tinha indícios que pudessem apontar o motivo do crime. Até pouco tempo, a vítima tinha uma agência de carros em Itapevi, mas recentemente abriu uma loja de suplementos alimentares no centro de Barueri. Nenhuma testemunha ou parente de Douglas se apresentou até o registro do Boletim de Ocorrência da Delegacia de Barueri.
Briga de cunhados
No Engenho Novo, Eric Tadeu de Góis, de 23 anos, foi morto por volta das 16h30, com duas facadas, uma nas costas e outra no peito, pelo cunhado, Edmilson, após uma discussão. Eles jogavam baralho a dinheiro num bar na rua Otaviano Pisa. Segundo testemunhas, como Eric começou a ganhar, o cunhado se irritou e os dois discutiram.
Edmilson teria tentado agredir a vítima, mas eles foram separados três vezes por outras pessoas que estavam no bar. Os dois haviam bebido. Então o autor do crime teria dito que não iria mais brigar e chamou Eric para irem para casa. Eles viviam em residências vizinhas. Ao chegar perto da entrada, Edmilson atacou o cunhado, houve luta corporal e ele desferiu as duas facadas.
Eric chegou a ser socorrido, mas morreu no Pronto Socorro do Engenho Novo. Edmilson tentou fugir, mas um vizinho conseguiu contê-lo, a polícia foi chamada e ele foi preso e levado para a Delegacia Central. Eric era ajudante geral e estava desempregado. Deixou uma filha de três anos.
Morte no terminal
Patrício Bruno dos Santos Diniz, de 32 anos, foi morto por volta das 17 horas com golpes de faca na região do Terminal Rodoferroviário de Barueri. O autor do crime foi um morador de rua chamado André, cuja família mora na região central.
Patrício morava no Jardim Tupã, era casado, e vinha se tratando de alcoolismo numa ONG no Jardim Belval. Ele era ajudante de serviços gerais e até pouco tempo atrás trabalhava para uma empresa que prestava serviços para a Guarda Municipal.
A vítima tinha amigos entre os moradores de rua do centro de Barueri e costumava ir até o local para conversar. Era comum ficar ali durante horas. Ele fez isto novamente neste sábado. No meio da tarde estava numa roda batendo papo próximo da agência do Santander quando, em um dado momento, começou a discutir com André e o morador de rua o atacou com golpes de faca.
A vítima foi levada ao Pronto-Socorro Central (Sameb), onde morreu pouco depois. O autor das facadas teve uma crise nervosa e também foi levado ao PS, onde foi medicado e à noite a Guarda Municipal, que atendeu a ocorrência, esperava que se recuperasse para transferi-lo para a Delegacia Central.
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